Análise do poema

Esse texto vai em especial para minha irma que escrevendo o poema que há alguns dias aqui coloquei, pediu uma análise. Nao a coloquei de todo, (a análise, nao minha irma!) também nao espero que todos concordem, nem entendam o que escrevi. Mas manifestem-se nos comentários ou do poema ou aqui mesmo sobre o que pensam a respeito.


Título

Há uma presenca de 2 palavras entrelacadas devido ao fato de que há a presenca de cólera, com acento proparoxítono, indicando ira, raiva. No entanto, também há a presenca de um acento circunflexo sobre a vogal E formando a palavra falada "coleira", como quando dita, quase sem o I.

Pode-se perceber ainda a presenca de colchetes em torno da palavra em questao. Isso pode ser analisado como uma coleira para a própria palavra "cólêra". Limitadores da ira, supressores existentes dentro da própria palavra que é limitada pelo seu significado modificado devido ao acento. Além disso, com o recurso visual dos colchetes.


Estrofes - Formalmente o poema divide-se em 3 estrofes e 23 versos desenvolvidos em rima livre.


Estrofe 1


No verso "no auge do desejo a cólêra" pode-se perceber a repressao causada pela uniao das duas palavras "cólera" e "coleira" que cerceiam o desejo que é suprimido. Uma raiva que é contida pela própria palavra cólera. Como se cólera, raiva, ira já estivessem sendo controladas pela própria palavra cólera, sendo coleira.


Nos versos 3 e 4, surge o desespero que é causado por essa coleira-cólera. Ao escrever as palavras todas unidas, cria-se a sensacao de desespero, de impotencia. A pronúncia da consoante G no verso 3 e a repeticao das vogais dao a idéia de violencia, de tentativa de escapar que é suprimida no verso 4 pela existencia das consoantes N, que, repetidas, dao a idéia de lentidao. Como um animal selvagem que, desistindo de lutar contra a corda que lhe prende, passa de seu estado furioso para pequenos pulos e enfim o andar em círculos e a posterior parada total.


Nos versos 5 e 6, entende-se uma reflexao do eu-lírico acerca do que lhe rodeia. O eu-lírico é livre para enxergar o que lhe cerca. Essa decisao pode ser tomada ou nao. Isso leva a entender que ele é capaz de decidir se faz alguma coisa contra essa cólera-coleira ou nao. Se luta contra, enfrenta, ou deixa tudo como está. O poder da escolha.



Bom é isso. Bom divertimento! 

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